Semana curta e com surpresas. Na verdade, nem tanto. O acordo costurado no Chipre dá um alívio global temporário à perspectiva de saída do país da Zona do Euro e isso anima os mercados, ao menos no curto prazo.

Depois de falhar em buscar uma solução com a Rússia, a maior detentora de depósitos no país, o Chipre consegue agora a liberação de € 10 bi e a taxação sob depósitos acima de € 100 mil continua.

A preocupação russa é pelo volume depositado no país, € 20 bilhões, o que supera em 10% o PIB total do Chipre. O primeiro ministro Medvedev considera a taxação um ‘roubo’, pois afeta principalmente correntistas de seu país.

Este panorama abre espaço para uma renovação do rally das bolsas de valores mundiais, na busca de novos recordes, porém com um limite. O feriado prolongado em termos globais deixa os investidores receosos em passar um período tão longo posicionados.

Portanto, quarta-feira pode ser o dia limite, mas nada disso garante que o mercado local vá seguir tal premissa, novamente.

Além de um possível rally, a semana conta com uma agenda bastante intensa em termos macroeconômicos, sendo o principal destaque a divulgação do PIB americano, o qual projeta uma revisão para 0,6% no quarto trimestre, ante a uma alta anterior de 0,1%.

O restante da agenda se divide entre indicadores de mercado imobiliário, atividade econômica regional e nacional nos EUA, desemprego e notas do Banco Central no Brasil e indicadores de atividade econômica e varejo na Europa.