Aos 0,56% mm e 4,76% aa (MoneYou: 0,56% mm, 4,76% aa) em 12 meses, o IPCA se manteve dentro da mediana do mercado, segundo o IBGE.
O IPCA de outubro subiu 0,56% mm, dentro das expectativas (MoneYou: 0,56%; Consenso: 0,54%) e 4,76% aa (MoneYou: 4,76%) de 4,42% em setembro, com o impacto da “bandeira vermelha 2” nas tarifas de energia elétrica (4,7% mm) e contínua pressão de serviços, com avanço de 0,76% mm (MoneYou: 0,77%).
Destaque para alimentação, com alta de 1,06% mm e alimentação no lar com alta de 1,22% mm, resultado do aumento preços dos agropecuários e que tende a se manter assim, até ao menos janeiro, com o impacto da elevação do custo da carne bovina, atualmente em 5,81% mm.
A inflação de serviços subiu 0,35%, mostrando cenário semelhante ao IPCA-15 e vindo de uma alta de 0,15% mm, com impacto de serviços subjacentes, saindo de 0,02% mm, para 0,34% mm e a continuidade de tal impacto combina com os dados mais recentes do mercado de trabalho, com queda no desemprego e aumento na criação de postos de trabalho com carteira assinada.
Os bens industriais avançaram 0,26% mm, ante 0,16% mm e a piora tende a se intensificar com a chegada dos feriados de consumo em novembro e dezembro, além do impacto do dólar alto nos importados.
Esta foi mais uma inflação qualitativamente ruim e a redução do impacto em dezembro depende da possibilidade de anúncio da bandeira verde nas tarifas de energia elétrica.
Novembro receberá os impactos negativos de preços administrados com a mudança da bandeira para amarela, todavia, a pressão de serviços e alimentos deve continuar inalterada para este ano e o início de 2025.
Mantemos a projeção de inflação do IPCA acima da meta no próximo ano e movimentos de cortes de juros terão difícil aderência, se seguirem os modelos de política monetária, ou seja, sem cortes “na canetada”.