Passadas duas semanas altamente intensas em termos de agenda macroeconômica, adicionada a eventos de ordem política e feriados, a semana que começa tem agenda macroeconômica notadamente limitada, com feriado no Brasil no dia 20 de novembro, onde os mercados não operam.
Se destacam poucos indicadores do mercado imobiliário nos EUA e dados de inflação ao atacado e varejo no Reino Unido e na Zona do Euro (acesse nossa agenda).
Deste modo, o foco no Brasil é concentrando na divulgação de um possível pacote de cortes de gastos divulgado pelo governo, onde a nova emissora CNBC soltou em primeira mão a conversa com Haddad, onde afirmou que o pacote de cortes de gastos “está fechado” com o presidente Lula e que o anúncio ocorrerá “brevemente”.
Este é um importante ponto de virada para o lateralizado mercado brasileiro, com alta de juros, sempre na expectativa pelo anúncio do governo.
Na semana que passou, o Dow Jones encerrou em queda aos 43.444,99 pontos, após atingir, pela primeira vez, a marca de 44.000 pontos durante o período, e o S&P 500 também recuou, finalizando em 5.870,62 pontos, enquanto o Nasdaq fechou a semana em 18.680,12 pontos.
A preocupação com o futuro dos juros americanos continua a pesar sobre o mercado, especialmente após o Powell afirmar na quinta-feira que o Fed não está com “pressa” para reduzir as taxas, devido ao crescimento econômico robusto e ao mercado de trabalho sólido, catalisando a correção dos ativos da semana passada.
Após a declaração, o CME FedWatch Tool precifica juros entre 4,25% e 4,50% até o final do ano.
Futuros dos Mercados
Os futuros de ações apresentavam leve alta na noite de domingo, enquanto Wall Street aguarda uma semana significativa para a temporada de balanços e a continuidade ou não do rali pós-eleitoral
Foco nos resultados da Nvidia na quarta-feira e às orientações da empresa sobre a demanda pelos chips de IA Blackwell, um produto estratégico para a empresa.
Até o momento, com 93% das empresas do S&P 500 já tendo divulgado resultados, 75% superaram as expectativas de lucro por ação (EPS) e 61% apresentaram surpresas positivas na receita.
Mercados Asiáticos
Nos mercados asiáticos, o presidente do Banco do Japão, Kazuo Ueda, declarou nesta segunda-feira que a autoridade monetária continuará aumentando as taxas de juros caso o desenvolvimento econômico e os preços sigam em linha com suas projeções e destacou que o momento para ajustar o suporte monetário dependerá das perspectivas econômicas, de preços e dados financeiros, enquanto monitora os riscos, incluindo os provenientes do exterior.
Os índices da região Ásia-Pacífico operaram predominantemente em alta na segunda-feira, onde na semana se destaca a taxa preferencial de empréstimo da China (LPR), com divulgação na quarta-feira.
A expectativa é de manutenção da taxa de um ano em 3,1% e da taxa de cinco anos em 3,6%.
O Japão publicará dados de comércio na terça-feira e os números de inflação ao consumidor (CPI) de outubro na sexta-feira.
Na Austrália, o banco central divulgará as atas de sua última reunião na terça-feira.
Na sessão de segunda-feira:
O índice Nikkei 225 do Japão cai -0,59%.
O Kospi da Coreia do Sul avança 2,27%.
O S&P/ASX 200 da Austrália sobe 0,03%.
O Hang Seng de Hong Kong sobe 0,73%, 19.569 pontos.
Entre as moedas, a relação euro dolar finalmente se reverte, com leve alta da divisa europeia, num período de desvalorização que perdura desde 2008.