Neste momento, é de praticamente 20 bp o diferencial entre as taxas de 2 e 10 anos dos títulos do Tesouro Americano (Treasuries).

Um spread (diferencial) positivo mais amplo como o atual, com rendimento de 10 anos maior do que o rendimento de 2 anos, geralmente sugere que investidores projetam um crescimento econômico futuro mais forte.

Títulos de longo prazo com o de 10 anos exigem rendimentos mais altos para compensar os riscos de inflação e crescimento, enquanto títulos de curto prazo como o de 2 anos refletem expectativas mais imediatas de taxas mais baixas vinculadas à política do Fed.

Lembrando que se este spread ampliar devido a um aumento nos rendimentos de 2 anos, isso pode refletir expectativas de uma política monetária mais rígida (ou seja, aumentos nas taxas de juros) visando o controle da inflação de curto prazo. Este rendimento está mais diretamente ligado aos movimentos de taxa de juros de curto prazo do Fed e a inversão dos dois vencimentos, supostamente, apontariam para um cenário de recessão econômica.

Por outro lado, se o rendimento de 10 anos subir mais rapidamente, como no caso atual, isso tende a indicar confiança de que as ações do Fed promoverão crescimento e estabilidade de longo prazo.

Em resumo, o mercado que até recentemente projetava uma recessão grave e mudou de ideia para um pouso suave da economia (Soft Landing), agora, através de suas curvas de juros, expressa um sentimento positivo para a economia.

Como sempre digo, a curva não “projeta” nada, ela somente precifica e normalmente o faz no interesse do investidor e não da economia.