Olhemos o mundo de hoje: grandes dívidas de países, consumo limitado, economias antes consideradas industrializadas agora em pedaços. Por fim resta a grande dúvida se alguém deve para alguém ou se estamos simplesmente em meio a um enorme e global esquema de pirâmide (Ponzi).
Os EUA tem uma dívida pública de US$ 16,46 trilhões que sobe em média US$ 20.000 por segundo. É isso mesmo, POR SEGUNDO. 119% do PIB americano está comprometido com isso.
Logo atrás vem o Japão, com US$ 13,64 trilhões de dívida pública, só que isso representa 230% do PIB japonês. Como essas contas fecham? Eis a grande questão, elas na verdade não fecham.
O Japão e a China compram títulos dos EUA, que gasta além da conta, só que os EUA também retém títulos de diversos países, inclusive de seus credores. Isso tudo vai durar até alguém dizer: ”OK, ninguém deve mais nada pra ninguém e ninguém oferece rendimento nenhum.” ou mesmo, “Toma de volta o seu e devolve o meu”.
No caso americano, a situação é mais emblemática em alguns aspectos. O tesouro emite títulos que são comprados pelo Fed, para que este injete liquidez no sistema. Então na conta, o Fed é devedor do Tesouro. O problema é que o “patrão” de ambos é o mesmo, ou seja, o governo americano.
Ele pode chegar em algum momento de maior insustentabilidade da crise e redefinir o quanto ele deve para ele mesmo. Só que o pagador da conta no final serão os credores externos americanos, agora atrelados a títulos desvalorizados.
Obviamente, Obama não pensa nisso assim como não pensa em cunhar a moeda de US$ 1 trilhão, mas a possibilidade é concreta, em vista a necessidade mais do que constante de financiamento do governo americano.
Ainda dá e muito para confiar nos “gringos”, porém é sempre bom manter em aberto diversas opções, caso alguém “pire” no meio do caminho. E que não seja o presidente dos EUA.De