Com balanços corporativos, COPOM, indicadores econômicos e feriados internacionais, tudo isso fará desta uma semana agitada para o mercado financeiro local e internacional.
Portanto, podemos esperar volatilidade, reações aos resultados e tudo aquilo que sazonalmente ocorre neste período. Mas há algo mais importante que devemos nos manter atentos.
Ao evitar o abismo fiscal nos EUA, o acordo desenhado não abrangeu a renovação de todas as renúncias fiscais e cortes de impostos. Existem alguns, como a elevação dos custos na folha de pagamentos que já afetam as perspectivas de consumo da população americana.
Neste ínterim, outra discussão que deve ser retomada é o teto da dívida americana, o qual entrará em voga muito em breve. Os lideres democratas estão tentando convencer a oposição de que um pouco mais impostos não é ruim, principalmente se atingirem somente os mais ricos.
Ao mesmo tempo, os republicanos insistem que os programas de saúde é que são o real problema, se esquecendo do custo diário das intervenções militares americanas.
Agora, duas idéias fantásticas foram destaques na semana passada. A moeda de um trilhão de dólares e a construção da Estrela da Morte. A moeda de platina seria cunhada com o alto valor, depositada pelo Tesouro americano no Federal Reserve e então sacada para se evitar atingir os US$ 16,4 trilhões determinados como teto.
Existe uma pressão renovada pelo teto da dívida, pois novamente o que está em perigo é o pagamento de salários e benefícios de membros do governo, forças armadas e aposentados.
A Casa Branca diz que as únicas opções são: Ou o congresso paga as contas ou falha em agir e os EUA vão para a moratória.
Talvez por acreditar no caráter temporário da crise, os republicanos insistem em não aprovar pontos importantes de necessidade curtíssimo prazo e isso tem afetado não só a governabilidade, como também a economia e pode gerar novamente grande instabilidade de confiança dos investidores e da economia real.
De um lado mais humorado, a Casa Branca respondeu à petição pública para a construção de uma Estrela da Morte, semelhante à do filme Star Wars. A óbvia recusa foi acompanhada da resposta de um poder notadamente Nerd que comanda os EUA:
“O custo da construção da Estrela da Morte foi estimado em mais de US$ 850.000.000.000.000.000. Nós estamos trabalhando duro para reduzir o déficit, não para aumenta-lo.
A administração não apoia explodir planetas.
Por que iríamos gastar incontáveis dólares numa Estrela da Morte com uma falha fundamental que pode ser explorada com uma nave espacial de um homem só?
Se você quer seguir a carreira em ciência, tecnologia, engenharia ou campos relativos à matemática, a Força estará conosco! Lembre-se, o poder da Estrela da Morte para destruir um planeta, ou mesmo um sistema solar inteiro, é insignificante perto do poder da Força.
Mesmo que os Estados Unidos não tem nada que possa fazer o circuito de Kessel em menos de 12 parsecs, temos duas naves deixando o Sistema Solar e estamos construindo uma sonda que vai voar para as camadas exteriores do Sol. Estamos descobrindo centenas de novos planetas em outros sistemas estelares e construiremos um sucessor muito mais poderoso do Telescópio Hubble, que vai ver de volta aos dias iniciais do universo.
Não temos uma Estrela da Morte, mas temos assistentes robôs flutuando na Estação Espacial, um Presidente que sabe se virar com um sabre de luz e comm um canhão de marshmallow e temos a Defense Advanced Research Projects Agency, que está apoiando a pesquisa na construção de uma mão igual à do Luke Skywalker, droids flutuantes e walkers quadrúpedes.
Estamos vivendo no futuro! Aproveitem.”.
É nítido o apoio da Casa Branca aos Jedis e talvez se identifique com eles, mas ainda bem que a petição não ocorreu no governo Bush, pois com o afã militar republicano (e uma clara identificação com os Siths) a construção já estaria em fase avançada, afinal, devem existir armas de destruição em massa, ou mesmo guerreiros Jedi e rebeldes em algum lugar do universo que justificariam a montanha de dinheiro gasto.
É claro, aos desavisados, que estou usando da premissa nerd (me considero um) do comunicado da Casa Branca e do bom humor para parodiar uma situação recorrente nos EUA e AINDA BEM que a vitória neste momento foi democrata, pois de fundamentalistas, já chegam os religiosos.