Desde o pico recente de 5597, onde a “Faria Lima” precocemente (segundo a imprensa) já via o dólar a R$ 6,00, a moeda americana agora volta a perder força, com o movimento exacerbado de juros por parte do FOMC.
Dados como a confiança do consumidor divulgados a pouco, abaixo das expectativas, podem se catalisar, caso indicadores como o PCE deem ao Fed a tão almejada, desejada e apostada continuidade dos cortes de juros, nos volumes semelhantes aos anteriores.
Todavia, lembremos que tais movimentos são data-driven, portanto, dependem da reação aos dados de inflação, atividade econômica e mercado de trabalho nos EUA, como o ADP Employment e o Payroll na próxima semana.
Qualquer indicador fora da curva tende a suscitar reações mais fortes e o primeiro ativo global a reagir é obviamente o dólar.
Localmente, no contexto de curto prazo, o rompimento de 5463 leva a um espaço grande de queda da divisa, mas está baseado tão somente nos movimentos do exterior, como a comemoração com o Fed e a China, finalmente, decidindo que está em crise e que precisa agir.
Commodities ganham força, o apetite pelo prêmio de maior risco segue a mesma linha e os juros brasileiros podem se tornar um ativo importante, como alvo de Carry Trade, caso se avolumem os sinais ruins do fiscal local.
Com isso, existe um cenário, talvez o mais provável, de que RCN seria o “artífice” da elevação de juros neste mandato e com influxo financeiro crescendo, dada a atraente taxa de juros reais e o câmbio ajudando a ancoragem das expectativas de inflação, Galipolo seria em 2025 o “artífice” do corte de juros.
Eis uma das razões para o governo parar recentemente de reclamar tanto do Banco Central e o grupo de membros do COPOM escolhidos pelo governo apoiar tão firmemente o aperto monetário.
O novo mandato tende a colher os louros do afrouxamento monetário.
Só torcemos para que seja feito de maneira responsável.
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