Na sessão de hoje, o mercado asiático demonstra força, impulsionado pelos resultados das recentes eleições japonesas, onde o Partido Liberal Democrático (LDP) e seu parceiro de coalizão, Komeito, perderam a maioria na Câmara Baixa.
O LDP e Komeito garantiram 215 dos 465 assentos, o que representa uma perda de controle significativo, conforme divulgado pela NHK.
A oposição, com destaque para o Partido Democrático Constitucional e o Partido Democrático para o Povo, obteve ganhos expressivos, fortalecendo suas bases no parlamento.
Em tal contexto político japonês, houve impacto positivo nos mercados locais, apesar das dúvidas da condução da política monetária pelo Banco do Japão (BoJ).
O Nikkei 225 subiu 1,47%, enquanto o Topix avançou 1,19%, impulsionados, além do fator eleitoral, pela desvalorização do Yen frente ao dólar americano, com uma queda de 0,88%, cotado a 153,63 ienes por dólar.
Esse movimento cambial é importante, pois favorece as exportadoras japonesas, setor fundamental para a economia do país.
Outros índices asiáticos também se valorizaram: o Kospi sul-coreano sobe 0,59% e o S&P/ASX 200 australiano inicia a sessão com uma alta de 0,15%.
Em Hong Kong, os futuros do Hang Seng ficaram em 20.621, indicando uma ligeira alta na abertura em relação ao fechamento anterior de 20.590,15.
Sexta-feira, o mercado norte-americano mostrou divergências entre os principais índices.
O Nasdaq Composite subiu 0,56%, atingindo um novo recorde de 18.518,61, sustentado pela alta de grandes empresas de tecnologia.
A Nvidia valorizou-se 0,8%, enquanto ações de outras gigantes como Meta Platforms, Amazon e Microsoft também registraram ganhos.
Em contrapartida, o S&P 500 recuou levemente 0,03%, e o Dow caiu 0,61%, refletindo um certo nível de cautela no mercado diante da incerteza com relação à política monetária futura e as perspectivas da eleição presidencial americana.
Localmente, o Ibovespa caiu 0,46% na semana, de 130.499,26 pontos para 129.893,32 pontos, enquanto o dólar avançou 0,17%, saindo de R$ 5,69 para R$ 5,70, com a volatilidade pelo fiscal ainda elevada, apesar da declaração conjunta do BC e do ministério da Fazenda para acalmar os mercados.
Nesta semana no Brasil, teremos uma agenda relevante com foco em indicadores de inflação e mercado de trabalho com o IGP-M de outubro, onde projetamos alta mensal de 1,53% na quarta-feira, dia 30 de outubro, com o CAGED no mesmo dia, onde projetamos criação de 220.000 vagas em setembro e PNAD Contínua (desemprego) no dia 1º de novembro (MoneYou: 6,6%).
No restante da agenda, teremos:
• Dia 29/09. Setor externo, com transações correntes (MoneYou: -$ 5,3 bi) e Investimento Externo direto (MoneYou: $ 4,8 bi);
• Dia 31/09. Balanço nominal (MoneYou: -R$ 90,3 bi, 78,7% do PIB);
• Dia 1º/10. Produção Industrial (MoneYou: 0,25% mm; 3,1% aa).
Nos Estados Unidos, o destaque também para o mercado de trabalho, inflação do PCE, consequência da divulgação do PIB.
O ADP Employment projeta criação de 130.000 vagas em outubro, enquanto o Payroll projeta 150.000, após uma alta de 254.000 na medição de setembro.
O desemprego deve se manter em 4,1%, enquanto a inflação de salários projeta alta de 0,3%, levando o índice a 4% ao ano e os pedidos semanais de auxílio desemprego devem permanecer abaixo da zona de perigo, aos 225.000.
No PIB, a projeção trimestral do PCE é de 2,7%, com mensal de 0,2% e 2,1% em 12 meses e núcleo aos 0,2%, 2,7% ao ano e o PIB com projeção preliminar de 3,0%.
Completam os destaques da agenda nos EUA:
• Dia 29/09. Jolts ofertas de vagas com projeção de 7,99 mi;
• Dia 31/09. Challenger corte de vagas com projeção de 95.000;
Além de uma série de dados do mercado imobiliário, PMIs e ISMs.