O CPI, inflação ao varejo nos EUA registrou alta de 0,2% em agosto, ante projeções de 0,2%, com 2,5% em 12 meses, ante projeções de 2,5%.

Já o núcleo (CPI Core) registrou alta de 0,3% no período, ante projeções de 0,2% e 3,2% em 12 meses, projeções de 3,2%.

Neste contexto pouco muda para a decisão do FOMC na próxima semana, mesmo com núcleo mais pesado.

[Atualização]

A leitura do CPI e a reação do FOMC a ele tem posições adversas neste momento.

Julgando pelo movimento das curvas de juros e dos vencimentos de 2 e 10 anos das Treasuries, além da alta do DXY (Índice Dólar), o mercado não gostou dos 0,3% marginal, ainda que os 3,2% anuais tenham se mantido.

O índice cheio anual de 2,5% é o menor em 3 anos, todavia, as leituras mais acuradas demonstram que o espaço para um super corte (Jumbo Cut) não está aberto, o que pode ter frustrado parte dos investidores a busca de uma ´surpresa melhor´.

Custo de alimentação quase estável não ajuda, quando alta de 0,5% em habitação e 0,9% em transportes impactam o núcleo de maneira direta.

A alta de transportes sequer consegue ser compensada pelo impacto negativo de combustíveis (-0,6% gasolina e -1,9% diesel) e -0,7% em eletricidade.

Por fim, a reação dos investidores pode mesmo ser uma frustração na linha ´não fui surpreendido, apesar de projetar que não seria surpreendido´.