O IPCA-15 de novembro superou em muito as expectativas do mercado e registrou inflação de 0,62% ao mês, com 4,77% em 12 meses, com destaque para um breve alívio em preços administrados, com a bandeira amarela, porém a pressão de alimentos continua forte, 1,34%, especialmente carne bovina, em meio à contínua alta do boi gordo e dólar em alta.
O dado foi novamente ruim em termos qualitativos, com impacto elevado de serviços, 4,45%, ante 4,37% anterior com serviços subjacentes em alta de 5,33%, com adicional sazonal de preços industriais, 3,02%, em meio ao consumo de fim de ano e o câmbio em alta.
Os principais núcleos também subiram e em meio à redução marginal da bandeira amarela, o cenário para o IPCA fechado do mês pode sofrer alterações, onde a atual projeção na faixa de 0,27%, a depender das coletas, tende a sofrer alterações para cima.
O verdadeiro alívio poderá advir do “bônus de Itaipu”, caso o mesmo seja promulgado ainda esta semana, para criar impacto nas contas de energia de dezembro, entretanto, transferindo parte do impacto para janeiro de 2025.
Em resumo, melhora a inflação de 2024, ano que já está praticamente fechado, porém atrapalha o cumprimento das metas de inflação de 2025.