O IPCA registrou inflação em agosto de -0,02% mm e 4,24% em 12 meses (Proj.: 0,05% mm; 4,27%aa).
A reflação de alimentos superou nossas expectativas, porém foi compensada por uma deflação mais acentuada de energia, com foco em eletricidade, a qual deve se reverter para uma alta de 8% em setembro, dada a bandeira vermelha.
A deflação de preços regulados também superou nossas projeções.
No restante, dentro das expectativas e mantemos a projeção de reflação acentuada no próximo mês, puxada pelos itens energia e alimentação.
IPCA Ex0 aos 0,22%, ante 0,59% anteriores e IPCA Ex3 aos 0,24%, ante 0,41% anteriores, com serviços caindo de 0,75% em julho para 0,24% em agosto.
Tais dados dariam alívio ao Banco Central para discordar tanto da curva de juros, quanto do Focus mais recentes, na condução da política monetária.
Entretanto, o alerta do TCU ao governo sobre as inconsistências nas premissas de arrecadação, consideradas excessivamente otimistas e de despesas, consideradas subestimadas, colocam o fiscal novamente como ponto central dos juros no Brasil.
[Atualização]
A reação dos juros nos primeiros quinze minutos de negociação após a divulgação do IPCA abre uma centelha de dúvida nas pressões do mercado quanto à alta de juros na próxima reunião do COPOM.
Ainda assim, as expectativas de inflações mais altas nos próximos meses, baseadas no índice cheio (energia e alimentação), especialmente em setembro, em torno de 0,55%.
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