Preparados para o fim do mundo? Pois é, o Banco Central admitir que talvez cresçamos 1% neste ano e encarar a realidade dos fatos é um evento impressionante e pode ser um “sinal dos tempos”.
Obviamente estamos a 11 dias do fim do ano (ou 1 do fim do mundo) e esse tipo de projeção se torna relativamente fácil, porém ela chega a ser mais pessimista que o mercado em si.
Com as medidas mais recentes do governo, como extensão do IPI reduzido em setores específicos, o Brasil adia mais uma vez aquelas alterações mais do que necessárias para criar um panorama de crescimento sustentável com realismo.
Por enquanto, empresas como CSN, Vale e Petro se sentem confortáveis com o IPI mais baixo e alguns investidores te se animado, mesmo com o cenário continua nebuloso para o Brasil.
O “suspiro do morto” da Bovespa neste fim de ano vem na verdade de uma proximidade assustadora dos 55.000 pontos em novembro, onde estaríamos negativos contra o fechamento de 2011 e só perderíamos com pior período para o trimestre entre maio e agosto.
Neste ano, ameaçamos chegar próximo aos 70 mil pontos em meados de março deste ano, para tão somente devolver todos os ganhos numa inversão baixista gráfica clássica, com um harami em um topo no dia 14 de março e um marobozu de alta em 16 de novembro (os grafistas amam estes termos).
Apesar de todas essas figurinhas lindas, o resumo é que estamos com resultados ruins nas bolsas, pois falta liquidez em diversos papeis pela ausência de nossos amigos estrangeiros.
E não, este mercado chato não sofre falta de volume. Em 2011, um ano horrível para a bolsa, operamos numa média diária de R$ 5,7 bi e neste ano, chegaremos próximo aos R$ 6,2 bi. Porém falta renovação, pois os players continuam os mesmos, mesmo os estrangeiros.
Além da volatilidade da economia mundial, aversão ao risco e perspectivas de mais um ano complicado, afastamos investimentos devido à boa e velha falta de respeito aos contratos, os quais podem ser facilmente contestados em juízo no Brasil.
Pois é, crescemos pouco, pois tributamos muito. Em qualquer país, a energia é considerada estratégica e não por acaso, possuímos uma das matrizes energéticas menos poluentes, mais eficientes e mais baratas do mundo e a taxamos como ninguém no planeta.
Com isso, nosso bom e velho Brasil continua patinando, mesmo quando parece estar crescendo.