Robert Prechter, no dia 20 de fevereiro deste ano falou publicamente que finalmente o topo havia chegado e que a queda do mercado naquele dia é um ponto de inflexão e o início de uma correção de 20-30% no mercado. Segue o link:
OK, o homem é conhecido por ser um dos grandes perma-bears do mercado… sempre pessimista, sempre cantando “crise”. Mas alguns dos calls dele foram muito bons no passado e ele é também o líder supremo do método Elliott Waves. Os traders que usam este método são tantos que existe até um nome para eles: elliotticians.
Além disso, outro sinal grande de venda está no ar: capas de revistas e jornais lá fora estão chamando o grande público de volta para o mercado acionário, o que nas mesas de operação é um conhecido alerta. Basicamente, quando o barbeiro do bairro e o taxista do seu dia do rodízio começam a falar que estão investidos, é hora de sair.
Europa mostra sinais fracos, China está de volta tentando frear o aquecimento descabido de sua economia e, nos USA, o “sequestro” obriga o governo segurar os gastos públicos. Na America do Sul, a Argentina está desvalorizando o peso e, basicamente, “mentindo” ao mercado com índices manipulados. A Venezuela perdeu (ou melhor, ganhou) o presidente para o câncer.
Mas e o Brasil? E a BOVESPA?
No Brasil a situação, que aparentemente é boa, parece ainda pior. O governo já usou a munição dos juros (não da mais para reduzir) e do câmbio (e o impacto da queda da taxa do dólar na inflação não é significativo). Quebrou a Petrobrás para segurar o preço dos combustível (e até está tentando que ela dê dinheiro ao Corinthians para que o estádio que sediará a abertura da copa fique pronto) e a Eletrobrás, para reduzir a conta de energia elétrica. E, mais absurdo, não baixou impostos e nem o tamanho do estado, continua com gastos acima da arrecadação e iniciou a campanha da reeleição de Dilma 2 anos antes da eleição. Logo, o governo virou um baita balcão de negócios e pouco será feito daqui para a frente.
Enquanto as bolsas subiam e faziam máximas lá fora, o mercado local caiu. Abriu o ano bem, mas logo depois perdeu força, sem sair do lugar por conta de PETRO, VALE, ELET e OGX. A boca do jacaré abriu (é a figura comparando a bolsa lá fora e aqui.
Se houver uma correção global, o Brasil vai sentir. Vai sentir e vai ser feio. O crédito e o consumo, que foi o maior driver do crescimento do nosso país nos últimos 6-8 anos, estão chegando ao fim.
Respondendo a pergunta que fiz lá em cima: Eu não sei para onde vai o mercado, mas minha aposta é para baixo. E meu dinheiro está também apostando nisso. E, mais importante, com stops bem planejados, pois no jogo dos investimentos o importante não é estar certo… mas sim saber quando se está errado, para sair logo e com perdas pequenas.