O Payroll, indicador geral de postos de trabalho registrou criação de 142.000 vagas em agosto, ante projeções de 166.000, com desemprego aos 4,2%, ante projeções de 4,2%, custo por hora trabalhada de 0,4% e 3,8% em 12 meses, com projeção de 0,3%, 3,7% em 12 meses.

O custo de mão de obra foi um dado impressionante, inflacionário e o Payroll não deu alívio para aumentar as apostas de corte por parte do FOMC.

Os ganhos por hora trabalhada aos 0,4% (o melhor em 5 meses) tiveram um crescimento potencialmente maior, dada a revisão para -0,1% do anterior, além da revisão do Payroll de 112.000 para 89.000 no mês anterior.

Manufatura revisado positivamente para 6.000 em julho, o que faz a queda de 24.000 em agosto ainda mais forte, em linha com os indicadores de PMI e ISM mais recentes, robustos nos serviços e fracos na indústria.

Desemprego aos 4,2% é pleno emprego e taxa da participação de 62,7% é significantemente alta para se proclamar uma recessão.

O contexto para o FOMC é desafiador com estes números, que não sugerem uma aposta de 50 bp, ainda que o dado principal tenha vindo abaixo da mediana dos economistas.

Obviamente, uma parcela significativa do mercado financeiro tem exigido cortes mais profundo do Fed e a leitura pode se enviesar neste sentido, o que não seja necessariamente verdade.

Reiteramos que o dado não apoia um corte maior de juros, somente se os investidores assim quiserem ler.