Por Redação MoneYou: O Payroll de setembro registrou criação de 254.000 vagas nos EUA, ante projeções de 140.000 e anterior aos 159.000, revisado de 142.000 e o desemprego cai aos 4,1%, ante projeções de 4,2%.
O ganho por hora trabalhada foi 0,4% no mês e 4,0% em 12 meses (Proj.: 0,3% mm; 3,8% aa).
Semelhante ao ADP Employment, o dado traz mais confiança às próximas decisões de juros por parte do Federal Reserve.
A mensagem do Payroll é clara – a economia americana está aquecida e não por causa do setor de manufaturas, mas com forte foco nos serviços.
No atual contexto, o Fed tem dois dados para corroborar com um corte mais modesto de juros, quando deveria estar repensando a política de afrouxamento monetário, em meio a eventos geopolíticos com potencial inflacionário.
Além disso, o impulso contracíclico chinês pode reaquecer um dos poucos setores parcialmente sofrendo atualmente, o industrial, de onde vem as piores pesquisas de gerentes (PMI e ISM).
Agora, resta aos investidores, tão absortos em um ciclo intenso de cortes de juros para criar um rali de ações, tentar entender se a qualidade do crescimento econômico americano é mais importante neste momento, do que um impulso artificial nos mercados.
As políticas econômicas de ambos os candidatos majoritários nos EUA levam em média à mesma direção, um pelo lado do impulso fiscal e outro de políticas externas mais protecionistas e em ambos os casos, repensar o tamanho do governo americano fará diferença na condução das políticas monetárias no futuro.
Ao Fed, se sobressai o desafio de repensar como conduzir a política monetária, dados os vícios e problemas dos últimos anos, especialmente na redução do balanço da instituição.
Nas curvas de juros, o impacto é claro no curto prazo.
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