Dois dados do mercado de trabalha anteciparam o PCE hoje, com a PNAD contínua registrando desemprego de 6,4% (MoneYou: 6,6%) em linha com o CAGED também acima das projeções e nos EUA, o dado Challenger de demissões anunciadas, caindo de 73 mi para 56 mi, demonstrando os desafios da política monetária em ambos os países, com a força do mercado de trabalho.

Divulgado agora, o PCE, dado de inflação preferencial do Federal Reserve registrou resultado dentro das expectativas, 0,2%, com 2,1% em 12 meses, porém, ainda que na margem o resultado esteja igualmente dentro das expectativas, o núcleo aos 0,3% manteve a inflação anual em 2,7%, considerado pressionado ainda, nos parâmetros para a continuidade dos cortes de juros.

Gastos pessoais continuam pressionados, com alta de 0,5%, ante revisão anterior de 0,2% para 0,3% e na continuidade de dados positivos do mercado de trabalho nos EUA, os pedidos semanais de auxílio desemprego registraram 216.000, ante 228.000 revisado para baixo.

Lembrando que os dados abaixo de 250.000 semanais auxiliam na queda do desemprego e na saúde do setor de mão-de-obra, portanto, é mais um sinal positivo para a atividade econômica, e os juros, nos EUA.

Com todos os dados da semana, resta a atenção ao importantíssimo Payroll amanhã, especialmente às vésperas de uma semana repleta de decisões de juros, as quais incluem o FOMC, COPOM, BoE e RBA.

Os desafios enfrentados pelas autoridades monetárias neste momento são grandes, mas não devem alterar, ao menos nestas reuniões, as decisões de cortes de juros nos EUA e elevação no Brasil.

A revisão de tais posições pode vir nos comunicados e ata, o que, para o Brasil, não deve trazer surpresas.