Após o vencimento do triple witching nos EUA na última sexta-feira, as bolsas na Ásia abrem em queda nesta segunda-feira, refletindo o aumento das preocupações com a saúde da economia chinesa.
Os futuros de ações nos EUA mantêm-se estáveis.
Mercados na Austrália, Hong Kong e na China continental indicam perdas nos futuros para a abertura de segunda-feira, sendo que movimentos na Ásia podem ser amplificados pela baixa liquidez, dado o fechamento das bolsas japonesas em função do feriado do equinócio de outono.
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que os governos locais da China reduziram os gastos, a taxa de desemprego juvenil atingiu seu nível mais alto do ano e os bancos chineses relutam em reduzir as taxas de juros de empréstimo, o que agrava a situação.
O sentimento negativo em relação à economia chinesa é reforçado pela possível imposição de regras pelos EUA que podem proibir o uso de hardware e software chineses em veículos conectados, a partir desta segunda-feira, aumentando a perspectiva de perdas.
De modo geral, os mercados estão se preparando para o último trimestre, após o Federal Reserve iniciar o tão aguardado ciclo de cortes de juros na semana passada, com um jumbo cut, criando um ambiente mais propício ao aumento do apetite por ativos de maior risco.
Dados econômicos desta semana, incluindo o índice PCE, a medida preferida de inflação do Fed, serão fundamentais para confirmar se o rali continuará.
Um dado de inflação mais fraco pode aumentar as chances de um corte adicional de 0,50 ponto percentual.
No Brasil, além da ata da última reunião do COPOM na terça-feira (24-set), as atenções estarão voltadas para os dados de inflação, com a divulgação do IPCA-15 e do IGP-M, e para o mercado de trabalho, com os números de desemprego (PNAD), criação de empregos formais (CAGED) e dados de transações correntes.
Também merece destaque a reunião do CMN e o Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, ambos de grande relevância no atual contexto de aperto monetário.