Bolsas caminham para em alta nesta sexta-feira, com Wall Street rumo a um forte ganho semanal antes da próxima reunião do Federal Reserve.

Ibovespa sobe aos 134,8 mil pontos, dólar comercial recua a R$ 5,56 e a curva de juros apresenta um fechamento em praticamente todos os vértices.

O S&P 500 sobe 0,54%, aproximando-se de 1% de sua máxima histórica de julho, enquanto o Dow Jones Industrial Average avança 297 pontos, ou 0,72%.

O Nasdaq Composite, focado em tecnologia, também registra alta de 0,65%.

Setores de utilidades públicas, materiais e indústrias lideraram os ganhos, com cada um registrando alta de mais de 1%.

Investidores continuaram a adquirir ações de grandes nomes do setor de tecnologia e semicondutores, o que sustentou o rali desta semana, após recente fraqueza nesse segmento.

Na Europa, o índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,76%, com todas as principais bolsas e quase todos os setores terminando o dia em território positivo.

Durante a semana, o índice acumulou ganhos de 1,09%, com ações de varejo subindo 1,84%, setor automotivo 1,6% e alimentos e bebidas recuando 0,32%.

O Banco Central Europeu (BCE) cortou sua taxa de juros em 25 pontos-base, elevando a taxa principal para 3,5%, conforme esperado.

Esse movimento antecede a reunião do Federal Reserve dos EUA, marcada para 17 e 18 de setembro, onde é esperado um corte de 0,25% pp, trazendo os Fed Funds, atualmente entre 5,25% e 5,50%, para 5,00% e 5,25%.

No Brasil, o IBC-Br trouxe a perspectiva de uma economia menos desaquecida do que a mediana dos economistas projetava, ao mesmo tempo em que dá força para as demandas por elevação de juros de pelo COPOM de ao menos 0,25% pp, no mesmo dia da reunião do FOMC, transformando o dia em uma Super Quarta para o mercado financeiro brasileiro.

As exigências por movimentos de juros tanto aqui, quanto no exterior não têm necessariamente respaldo nos indicadores e cenários macroeconômicos, todos ainda apontando para direções adversas, denotando na verdade uma falta completa de rumo.

Ainda assim, os Bancos Centrais devem ‘ceder’ a tais exigências.