A abertura da semana tem um tom positivo nos mercados da Ásia-Pacífico, com o índice Nikkei 225 registrando um ganho expressivo acima de 2%.

Entre os índices da região, o Kospi da Coreia do Sul sobe 0,78%, enquanto o Kosdaq, voltado para empresas de menor capitalização, avança 1,21%.

O S&P/ASX 200 registra alta de 0,55% e somente as bolsas da Nova Zelandia abrem negativas.

Os futuros do índice Hang Seng de Hong Kong abriram negativos aos a 22.640 pontos, abaixo do fechamento anterior de 22.736,87, mas já viraram ao positivo com 23.152 pontos.

O otimismo é impulsionado pela expectativa dos investidores em relação às decisões de política monetária de diversos bancos centrais da região.

O foco está nas decisões de três importantes instituições: o Banco da Coreia (BoK), o Banco da Reserva da Nova Zelândia (RBNZ) e o Banco da Reserva da Índia (RBI), que deverão anunciar suas decisões sobre taxas de juros nos próximos dias.

Projeções indicam que o Banco da Coreia (BoK) corte sua taxa de juros em 25 bp, reduzindo-a para 3,25% ao ano, já o Banco Central da Nova Zelândia (RBNZ), que surpreendeu o mercado em agosto com um corte inesperado de 25 bp, reduzindo sua taxa de 5,5% para 5,25%, deve anunciar uma nova redução de 50 bp, levando a taxa para 4,75% ao ano.

Nos Estados Unidos, mercados encerraram a semana passada em alta, em resposta aos dados robustos do Payroll, que mostraram a criação de 254.000 novas vagas de emprego em setembro, superando com folga as expectativas.

O desemprego caiu para 4,1%, contrariando as projeções de estabilidade em 4,2% e reforçou a confiança dos investidores na resiliência da economia americana, afastando momentaneamente a preocupação de que números fortes de emprego resultem em uma reação negativa dos mercados, como tem ocorrido nos últimos meses.

Na sexta-feira, S&P 500 subiu 0,9%, enquanto o Nasdaq Composite avançou 1,22% e o Dow Jones Industrial Average fechou com alta de 0,81%, atingindo uma nova máxima histórica de 42.352,75 pontos.

Esse comportamento demonstra que os investidores estão, por ora, deixando de lado a teoria de que “dado bom, reação ruim”, prevalecente nos últimos meses devido ao temor de um afrouxamento monetário menos severo.

A agenda desta semana reserva importantes divulgações, incluindo dados inflacionários tanto no Brasil quanto nos EUA, além da ata da última reunião do FOMC e vale destacar também o feriado na China, que pode impactar a liquidez dos mercados asiáticos.