De acordo com o IBGE, a produção industrial no Brasil apresentou queda de 2,5% (Proj.: -1,2%) em fevereiro, contra a taxa de janeiro de 2,6%, como resultado da demanda ainda contraída e atividade econômica desaquecida. Contra o ano passado, a queda foi de 3,2% e demonstra que a redução dos juros no Brasil não surtiu total efeito no crédito para alavancar a indústria. 

Dos 27 ramos pesquisados pelo IBGE, 15 apresentaram perdas, com destaque para veículos automotores (-9,1%),  farmacêutica (-10,8%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,8%) e bebidas (-5,2%) e abrem espaço para a continuidade por parte do governo de planos de estímulo à economia e dificultam ainda mais a necessidade de se elevar os juros. 

Na linha inversa, apresentaram resultados positivos equipamentos de transportes (9,6%), máquinas e equipamentos (1,7%), fumo (36,2%), que recuperou parte da perda de 53,7% registrada em janeiro, e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,6%).

Acima das expectativas, as perdas elevam o problema da inflação versus o crescimento econômico.

 DRIVERS DE MERCADO FINANCEIRO

JUROS: (BAIXA) Atividade econômica em baixa reforça o processo de cortes de juros no Brasil e as curvas de juros respondem com quedas;

DÓLAR: (ALTA) O Real tende a perder força com a queda de juros contínua;

BOLSA: (NEUTRO) Sinais de atividade econômica fraca não definem o rumo do mercado de renda variável.